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ARTETERAPIA - Brincar para Mudar!

A experiência com a arte nos grupos terapêuticos traz o aspecto lúdico para a psicoterapia. Considerando a tese de Winnicott, de que a capacidade de brincar é tanto uma aquisição do desenvolvimento quanto um aspecto essencial do processo terapêutico, destaca-se a importância do brincar na criação de um ambiente de imaginação e exploração nas relações humanas. É no brincar (e, talvez, apenas no brincar) que a criança e o adulto experimentam liberdade suficiente para criar e criar-se.

Figura 01 - ilustra a Estrutura da Personalidade por meio do bordado.

Brincar é expressar-se. É tornar-se público. É explorar ideias e possibilidades. Brincar implica assumir papéis, improvisar e, por vezes, arriscar-se. O ato de brincar pode ser perigoso, pois envolve interações com outras pessoas que possuem diferentes capacidades emocionais e físicas, interesses distintos e visões de mundo diversas. Esse encontro pode gerar experiências de conexão genuína, mas também desafios e disputas. Assim, as fronteiras entre Jogos Psicológicos, brincar e Intimidade são permeáveis.

Para Eric Berne, os Jogos Psicológicos são estruturados, previsíveis e seguem regras inconscientes. Já o brincar introduz o inesperado, novas experiências e a possibilidade de ampliação de crenças e perspectivas. O brincar, mediado pela arte, pode ser um caminho para transitar dos Jogos Psicológicos para experiências mais autênticas de Intimidade. O terapeuta, nesse contexto, atua como uma presença reguladora, delimitando o processo e favorecendo um Desfecho Positivo.

A arteterapia oferece diversos recursos para essa transição, como dramatizar, exagerar, imitar, caricaturar e espelhar o paciente. No contexto terapêutico, o ato de bordar é um exemplo poderoso dessa abordagem. O bordado, quando utilizado como ferramenta expressiva, se torna um registro afetivo, alinhavando passado e presente, restaurando memórias e permitindo novas significações.

Figura 02 - mostra a representação de uma cena da infância que foi ressignificada.

Diferente do bordado tradicional, preso a padrões preestabelecidos, o bordado livre propõe um caminho sem regras rígidas, onde cada ponto reflete estados emocionais, lembranças e vivências. Como destaca o Dr. Herbert Benson, professor de Medicina da Mente e Corpo da Universidade de Harvard, atividades manuais como o bordado podem induzir um estado de relaxamento semelhante à meditação, reduzindo o estresse, estimulando conexões neurais e favorecendo a saúde mental. Também pode reforçar a autoconfiança, porque criar é arriscar, experimentar sem medo de errar; envolve o fazer, o desmanchar, o recomeçar e a satisfação de concluir.

Figura 03 - ilustra a cena de um processo terapêutico.

Na Arteterapia, a livre expressão através da arte permite o resgate de experiências emocionais e facilita a compreensão da criança de “lá e então”, que muitas vezes ainda se manifesta na vida adulta, sem que estejamos plenamente conscientes.  O processo artístico tem o potencial de cura quando o cliente é acompanhado pelo terapeuta, que com ele constrói uma relação que facilita a ampliação da consciência e do autoconhecimento.

O brincar, a arte e a criação se tornam, assim, potentes ferramentas terapêuticas, resgatando a espontaneidade, permitindo a ressignificação de vivências e abrindo caminhos para um desenvolvimento emocional mais saudável e integrado.

Além da vibrante vitória da arte brasileira trazendo nosso primeiro Oscar para casa, não podemos deixar de realçar o excelente resultado de nossos cientistas em campos de pesquisa tão importantes quanto novas possibilidades do cérebro e a cura do câncer de mama.

16 de março: Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. Um dia para refletirmos sobre os desafios ambientais que impactam não apenas o planeta, mas também a saúde e o bem-estar humano.

Primeiramente, o que são as mudanças climáticas e qual a parcela de responsabilidade da nossa espécie nessa problemática? 

O conjunto de atividades que acontecem no planeta há bilhares de anos — desde fenômenos geológicos, como as atividades vulcânicas, até biológicos, como a respiração e decomposição de organismos — contribui com a emissão de gases denominados "gases de efeito estufa”.

Esses gases estão presentes na atmosfera e são substâncias que têm a capacidade de reter parte da energia térmica do Sol, aquecendo a superfície do globo. Assim, o efeito estufa é um fenômeno natural e essencial para a manutenção da vida na Terra.  

Contudo, devido às ações humanas, desde a Revolução Industrial vem ocorrendo um aumento exacerbado da produção e concentração desses gases, elevando a temperatura média do globo — um fenômeno conhecido como aquecimento global — e desencadeando todas as suas consequências, incluindo as mudanças climáticas.

Com impactos e eventos climáticos extremos já visíveis em todo o mundo, as mudanças climáticas representam uma ameaça a tudo o que conhecemos — da natureza aos sistemas econômicos e culturais. Mitigar o aquecimento global é um dos maiores desafios do século XXI e, se não agirmos com urgência, de forma organizada e coletiva, o futuro da nossa espécie é incerto. 

As mudanças climáticas impactam os ecossistemas e afetam a vida humana de forma direta e indireta. O termo "ecoansiedade" vem se popularizando e descreve o medo e a tristeza gerados nas pessoas pelos impactos das mudanças climáticas e da degradação ambiental. Outro termo relacionado a essa temática é o “racismo ambiental”, que expõe a dura realidade da desigualdade social: os ricos são os deuses da destruição ambiental e geração de CO2 na atmosfera, mas os pobres são os que mais sofrem com o aumento das temperaturas e dos eventos extremos. 

Independente do status econômico, a maior ilusão que um indivíduo pode viver é achar que está imune à destruição da natureza. A relação entre saúde planetária e saúde humana é estreitíssima, ao mesmo tempo que muito frágil. Pequenas mudanças no ambiente – seja na temperatura, disponibilidade de O2 na atmosfera, biodiversidade de espécies ou proliferação de novos microrganismos – podem causar impactos gigantescos e irreversíveis na vida humana. Há cinco anos, vivemos isso na pele, certo?

Do micro ao macro: átomos, células, tecidos, indivíduos, populações, comunidades e ecossistemas inteiros. Tudo funciona como uma rede. Por isso, é fundamental debater sobre as mudanças climáticas e trazer esse tema como um tópico frequente das nossas pautas – na vida pessoal, familiar e profissional. 

Falar sobre saúde e bem-estar humano sem lutar por causas ambientais e sociais é um discurso vazio. Não existem indivíduos saudáveis em ambientes doentes. Cultura é ambiente. Natureza também. Não há progresso verdadeiro se não enxergarmos os problemas da humanidade com olhares sistêmicos. 

Por fim, mas não menos importante, neste Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, convido você a refletir sobre seu estilo de vida e identificar áreas onde você pode reduzir sua pegada ambiental. Desde hábitos alimentares — como a redução no consumo de alimentos de origem animal e ultraprocessados — até a adesão à moda e à economia circular, além de apoiar e incentivar empresas e produtos com discursos e ações que pautam o meio ambiente. Por último, e mais importante, votar em políticos com pautas e histórico de lutas ambientais. Afinal, o futuro da natureza é o nosso futuro.

"No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Amazônia. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade."

- Chico Mendes

01/03 - Rio de Janeiro, sede do nosso XXX CONBRAT em 2025, cidade maravilhosa, com sua beleza única e paisagens deslumbrantes, completa 460 anos de história, sempre irradiando alegria, arte e acolhimento. Que seus horizontes continuem iluminados pela energia de sua gente e pela grandiosidade de seu povo!

12/03 - Recife, a Veneza brasileira, com suas águas e história repletas de cultura, arte e folclore, completa 488 anos e se destaca por sua energia contagiante e pela força de suas raízes. Que a cidade continue sendo um centro pulsante de inovação e criatividade, refletindo o calor humano de seu povo!

23/03 - Florianópolis, há 352 anos conquistando aqueles que a visitam com suas praias encantadoras e natureza exuberante! Siga sendo este verdadeiro paraíso e que essa sua energia continue conquistando cada vez mais admiradores!

26/03 Porto Alegre, com seu charme peculiar e uma mistura vibrante de culturas, há 253 anos segue conquistando corações com sua hospitalidade e alegria. Que sua tradição gaúcha continue a inspirar todos que por ela passam! Salve o chimarrão!

29/03 - Curitiba, exemplo de planejamento urbano e sustentabilidade, é uma cidade que se reinventa a cada dia nesses 332 anos, sempre com um olhar atento ao futuro. Que continue sendo um farol para todos aqueles que buscam soluções criativas e inteligentes para os desafios urbanos!

29/03 - Salvador, há 476 anos exaltando sua herança africana, suas festas,  seus ritmos e uma culinária inconfundível; é a verdadeira alma do Brasil! Que continue a celebrar a diversidade e a riqueza de sua cultura, mantendo-se sempre como um símbolo de resistência, fé e alegria!