No nosso cotidiano vivemos várias situações que nos deixam em dúvidas. Alguns exemplos para estimular a reflexão sobre a moral e a ética. Devo cumprir a promessa que fiz ontem ao meu amigo, mesmo que hoje perceba que me causará algum transtorno? Devo dizer sempre a verdade ou há ocasiões que devo mentir?
                       
São diversos os fatores sociais que contribuem, de uma maneira ou de outra, para a realização da moral, mas sem nunca esquecer que o comportamento moral coloca sempre em ação o indivíduo, pois o ato moral exige a sua decisão livre e consciente, assumida por uma convicção interior e não por uma atitude exterior e impessoal.

Nem toda liberdade de escolha possui uma significação moral e traz consigo uma obrigatoriedade moral. Por exemplo, num dia de descanso , minha opção entre ir ao cinema ou ficar em casa sem fazer nada evidencia minha liberdade de escolha e de atuação, mas não se relaciona com uma obrigação moral. Porém, se vascilo entre ir ao cinema e visitar um amigo que prometi ver na mesma hora, esta escolha é condição indispensável para o cumprimento da obrigação moral assumida. Eu era obrigada a cumprir a promessa porque poderia fazer a escolha entre uma ou outra alternativa.

Então a obrigação moral pressupõe necessariamente minha liberdade de escolha, mas ao mesmo tempo há uma limitação da minha liberdade.  Parece paradoxal, só aparentemente, porque sou eu que escolho limitar e com isso afirmo a liberdade indispensável para que se possa atribuir uma obrigação moral.       

Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.

E para começar o ano de 2025 trazendo boas novas para o Opções, temos uma nova editoria!

Esta será uma editoria não só para dar espaço aos trabalhos realizados pela nossa comunidade de Analistas Transacionais que, diga-se de passagem, está recheada de conteúdos bacanas e riquíssimos, mas também para convidar cada um de nós a refletir, a pensar em Análise Transacional.

Muitas são as datas comemorativas em nosso calendário. Algumas contam com o alcance internacional, com seus respectivos significados e rituais. Já outras, podem ser específicas para um país, região ou etnia.
Uma data comemorativa nos conta (e, muitas vezes, nos lembra) bastante sobre afeto, tradições, eventos históricos, coisas importantes que foram conquistadas e outras tantas lutas que ainda vem sendo travadas por algum grupo na garantia de seus direitos.
Mas e as datas comemorativas que existem e, muitas vezes, não temos noção de que, de fato, elas existem?! Acredite, são muitas. E hoje trazemos uma delas para você, com um breve contexto.

No dia 24 de Janeiro comemora-se o dia da instituição do casamento civil no Brasil. Constituído em 1890, durante o governo de Marechal Deodoro da Fonseca (logo, uma consequência da Proclamação da República), este decreto tornou possível a união entre duas pessoas de forma laica, já que o catolicismo deixou de ser a religião oficial do país a partir do regime republicano.
Ou seja, pela primeira vez, o direito ao vínculo constituinte da família brasileira veio de um processo de separação: a do casamento religioso e do casamento civil.
Há 135 anos, o contrato entre duas pessoas que desejam se unir - porque elas se amam, porque elas se escolhem - passou e ainda passa por transformações e atualizações no Código Civil, podendo, assim, garantir direitos e acompanhar as mudanças no Quadro de Referência da sociedade brasileira.

E o que isso tem a ver com essa nova seção? TUDO!
Uma das possibilidades da Análise Transacional é o trabalho com casais, já que no relacionamento entre duas pessoas, vários são os fatores determinantes para uma relação vivida na Oqueidade – e, também, para a vivida na Não Oqueidade. Foram escolhidos para essa seção, com atenção e carinho, três trabalhos que podem gerar boas Reflexões Transacionais e contribuir bastante para a prática e vida de cada um.

Em Estudo piloto: construção de um instrumento de pesquisa de avaliação da comunicação entre casais e diferenças de percepção baseado na teoria da Análise Transacional, Servolides Silva baseia-se na literatura disponível de Análise Transacional e correlaciona como a forma de Estruturação do Tempo dos casais influencia na comunicação entre estes e nas diferenças de percepção do outro. Através disso, a autora visou a construção e a validação de um instrumento que possibilitasse a investigação destas influências no relacionamento do casal.

Já no artigo Mediação e Terapia de casais: Um caminho a dois, Adriana Montheiro, a partir de sua experiência profissional, tem como proposta a busca do lugar de enamoramento inicial dos casais e a facilitação do aprendizado para que estes possam lidar com conflitos e dificuldades inerentes do viver a dois, do relacionar-se.
Tal proposta é norteada, principalmente, pelas teorias sobre Script, de Eric Berne; de Carícias e Educação Emocional, de Claude Steiner; das Necessidades Relacionais, de Richard Erskine, e complementado com a visão Taoísta-Reichiana de campos energéticos e suas interações como facilitadora no processo de mediação entre casais. Tudo isso a partir da apresentação do resultado da experiência adquirida no atendimento individual e de casais, costurado pelo próprio aprendizado da autora de como viver prazerosamente a dois, há mais de trinta anos com o seu par.

Temos ainda o artigo Quando e Como Escolher seu Parceiro - Gênero masculino & feminino e memórias autobiográficas, de Mônica Levi. A autora lembra que há duas variáveis importantes que influenciam os relacionamentos a partir da escolha do parceiro: a evolução do gênero e as memórias autobiográficas, com as decisões de vida. O artigo traz ainda a evolução do ser humano e as mudanças sociais, que mudaram também os relacionamentos, construindo a evolução do amor na história.

Gostou dos resumos e ficou com gostinho de “quero mais”? Você pode encontrar esses os trabalhos completos na aba Publicações em nosso site oficial!
Agora, se você ficou com vontade de compartilhar conosco as suas Reflexões Transacionais, vamos adorar saber! Nos envie seu feedback através do e-mail comunicacao@unat.org.br.

Até a próxima!

Ayrton Senna, nascido em 21 de março de 1960, foi um piloto de Fórmula 1, mas não qualquer piloto, ele foi um dos maiores e mais queridos pilotos do mundo todo. Foi tricampeão mundial de Fórmula 1, considerado o “Rei de Mônaco” pelas suas seis vitórias no Grande Prêmio de Mônaco e tem incontáveis outras vitórias desde que começou a competir no Kart em 1973, com 13 anos.
Na série “Senna”, que estreou na Neflix no ano passado, conseguimos ver como Ayrton foi uma inspiração para muitos e marcou uma história. Foi inspiração principalmente para nós, brasileiros, por ter alcançado tantas vitórias e ter colocado o Brasil como um país visto e vitorioso perante essas competições que pareciam caber somente aos países desenvolvidos.
Na série, é possível observar o quanto Senna desbravou ambientes e fincou sua bandeira em terras que, embora muitos tentassem impedir, ele acreditava que podia e merecia ocupar. E como é difícil estar em ambientes com pessoas que não acreditam em você, que reproduzem Injunções como “Não Exista”, “Não Pertença” e “Não consiga”. Para enfrentar esse ambiente e conseguir o que Senna tanto queria, ele precisou ter muita coragem, bravura, confiança interna e uma energia de vida intensa.
Ao longo de toda a série, é possível observar quanto a sua Physis era forte. Senna se fazia presente mesmo que soubesse não ser bem-vindo pelos olhares preconceituosos de muitos europeus e, por isso, Senna também é um desbravador. Ele não só adentrou esses espaços mostrando a todos como estavam errados em seus julgamentos, como também abriu portas para mudanças necessárias nesses ambientes, mudanças que perduram até hoje e ajudam muitos outros pilotos a alcançar seus sonhos. É preciso muita Physis para fazer isso, e Ayrton Senna é exemplo de uma Physis forte!
Essa força interna que impulsionou Senna a crescer, a progredir e a alcançar seu potencial pleno é parte importantíssima do seu sucesso e das suas conquistas e pode ter sido alimentada pelo apoio de seu pai que, em sua infância, pareceu incentivar Ayrton nesse desejo de pilotar, acreditando nele e passando mensagens de Potência e Permissão para que ele existisse, ocupasse seu lugar e conseguisse superar todos os obstáculos que surgissem, sempre aprendendo e sempre melhorando. Com o apoio de seu pai, Ayrton parece ter aprendido a acreditar em si mesmo.
Essa confiança e direcionamento de sua energia para o crescimento de sua carreira, também acarretou pouco investimento no campo pessoal e amoroso. Não vemos muitas amizades de Senna para além do ambiente profissional, suas relações amorosas duravam pouco tempo e eram sempre abaladas pela escolha de Senna em sempre se desenvolver em sua carreira. Além disso, nas próprias relações interpessoais com rivais das pistas, Senna parece ter experienciado bastante raiva e movimentado vários Jogos de Poder, principalmente com Alain Prost, piloto francês de renome da época.
Estes movimentos nos convidam a pensar sobre como para crescer e vencer, Ayrton em muitos momentos ficou em um padrão de alerta contínuo com constante acionamento da raiva e vivências em Jogos Psicológicos, com pouco espaço para Intimidade e para sentir Emoções que exigem mais interiorização e conexão como a tristeza e o afeto.
Penso que também é cabível entender a necessidade desses padrões não tão saudáveis como necessários para uma pessoa que sofre preconceito e precisa sobreviver a um ambiente hostil e, ao mesmo, tempo modificá-lo para que outros possam habitá-lo com menos sofrimento e mais possibilidades. Ayrton parece ter vivido uma vida com muitas realizações de sonhos, sonhos seus e sonhos de muitos outros que vieram depois dele, que ele abriu as portas.
Será que Ayrton conseguiria tudo isso sem precisar negligenciar suas dores, se afastar de suas tristezas, viver menos em estado de alerta e receber de relações verdadeiramente íntimas? Gosto de acreditar que sim, que a vida de Ayrton poderia ter sido mais plena internamente.
Mas independente disso, é incontestável o fato de que Ayrton nos ensina muito sobre a perseverança e a confiança em si mesmo na busca da realização dos seus sonhos. Ano passado fez trinta anos do seu falecimento, e em 2025 podemos iniciar o ano com seu legado de cuidarmos e alimentarmos a nossa Physis e acreditar que conseguimos superar nossos obstáculos, nos aprimorar e desenvolver nosso potencial de sermos sempre melhores no que nos propusermos.

UM BOM ANO PARA TODOS!

Os arquétipos são padrões universais de comportamento, ideias e emoções que transcendem culturas e histórias. Popularizados pelo psicoterapeuta Carl Gustav Jung, os arquétipos são considerados manifestações do inconsciente coletivo, que influenciam não apenas os indivíduos, mas também os rumos das sociedades.
Ao combinarmos essa perspectiva com previsões para 2025 — como as energias do Ano da Serpente de Madeira no horóscopo chinês, a astrologia ocidental e as influências espirituais dos Orixás —, percebemos como os arquétipos ajudam a compreender os desafios e as oportunidades do ano. Ou seja, mais do que prever, os arquétipos nos ajudam a interpretar e a navegar as complexidades da vida com significado e intenção.

Além disso, o catolicismo celebra em 2025 o Jubileu, também conhecido como Ano Santo, um período de perdão e renovação espiritual:
• O Jubileu é um evento tradicional da Igreja Católica que acontece a cada 25 anos.
• O Papa Francisco proclamou o Jubileu de 2025, que tem como tema "Peregrinos de Esperança".
• O Jubileu é um momento para renovar a confiança em Deus e viver a esperança.
• O Jubileu é um período de indulgência, ou seja, de perdão dos pecados dos fiéis.
• O Jubileu é um chamado à libertação, à reconciliação e ao restabelecimento de uma ordem mais justa.
• O Jubileu de 2025 visa reacender a fé e a solidariedade em um mundo desafiado por conflitos e crises.
• O Jubileu de 2025 é um evento religioso tradicional que inclui uma peregrinação solene às basílicas de São Pedro e São Paulo e outras igrejas em Roma.
• Para obter a indulgência durante o Jubileu de 2025, é necessário estar arrependido, participar da eucaristia e dedicar orações ao papa.

Jung lembra que trabalhar com arquétipos pode ajudar a identificar padrões recorrentes em seus pensamentos, emoções e comportamentos. Isso permite um entendimento mais profundo de suas motivações, medos e aspirações, levando a uma maior autoconsciência. Para dar corpo ao zeigeist de 2025 - o espírito da época -, trazemos então Eric Berne e sua importância dada à Intuição, como processos cognitivos de captação da realidade que funcionam sob o nível de consciência, o "sabe, mas não sabe como sabe".

A função intuitiva é parte de uma série de processos perceptivos que atuam acima e abaixo do nível de consciência, de forma aparentemente integrada com sua intensidade variável com condições especiais. (Intuição e Estados de Ego, p.30)

Olha como tem aspectos positivos para este ano! Comece a se preparar para caminhar em direção aos seus objetivos com energias a seu favor!
Ao longo do tempo, o Horóscopo Chinês se firmou como uma ferramenta importante para interpretar os desafios e as oportunidades de cada ano. Por meio de arquétipos representados por animais, essa tradição nos conecta às energias que influenciam o coletivo e o individual.
2025, ano regido pela Serpente, nos reserva significados profundos que vão além das expectativas do cotidiano, convidando-nos a agir com propósito e clareza.
No horóscopo chinês, o animal totem será a Serpente, que traz as energias de sabedoria, intuição, transformação, mistério e fascinação. "A Serpente é conhecida por sua capacidade de analisar situações com profundidade e tomar decisões estratégicas, favorecendo novos planos e projetos. Ela também simboliza ciclos de mudança e crescimento, que se renovam assim como a pele deste animal.
O bastão de Asclépio/Esculápio é o símbolo da medicina, representado por uma serpente em espiral envolta em um bastão. Desde a Grécia Antiga, Asclépio, o deus da medicina, é cultuado e seu símbolo é reconhecido em toda a Europa.
A cobra e o bastão têm significados especiais. O animal pode representar coisas boas e ruins, como a cura que vem do veneno, e também está ligada à ideia de renovação, porque as cobras trocam de pele. O bastão, por sua vez, simboliza a vida e a sabedoria.
Então, o símbolo da medicina se relaciona à conexão entre ficar doente e melhorar, entre o bem e o mal ou, até mesmo, entre a vida e a morte.
Os orixás regentes de 2025 são Iansã e Xangô. Iansã é a orixá dos ventos e das tempestades, enquanto Xangô é o orixá da justiça e dos raios.
Segundo as tradições afro-brasileiras, cada ano é regido por um orixá, que traz características e direcionamentos específicos para o período.
Iansã e Xangô são forças da natureza que podem inspirar transformações, abrir novos caminhos e trazer equilíbrio, igualdade e harmonia.
O que significa 2025 ser regido por Iansã?
Iansã (ou Yansã), é a guerreira indomável, senhora dos ventos e das tempestades, sincretizada na Igreja Católica com Santa Bárbara. Sua energia é associada à coragem e mudanças rápidas. É uma protetora das batalhas diárias e traz renovação em momentos de dificuldade.
Xangô, por sua vez, é o orixá da justiça. É conhecido como o rei soberano, representando autoridade e equilíbrio. Sua força está na tomada de decisões justas e na luta contra as injustiças, sendo também um símbolo de prosperidade.
Desta forma, alguns pontos poderão ser encontrados durante todo o ciclo, sendo eles:
• Mudanças rápidas e transformações: a energia de Iansã trará um ano marcado por inovações e situações que exigirão adaptação.
• Busca pela justiça e equilíbrio: a presença de Xangô sugere um período de resolução de conflitos, tanto no âmbito pessoal quanto coletivo. Questões sociais, políticas e jurídicas poderão entrar em evidência.
• Coragem para enfrentar desafios: sob a proteção de Iansã, 2025 será um ano para enfrentar medos (coletivos e individuais) e avançar com determinação. É o momento de tomar decisões importantes e lutar por objetivos com confiança.

De acordo com a astrologia, o planeta regente de 2025 é Júpiter, o planeta associado ao signo de Sagitário. Júpiter é considerado o planeta mais benéfico do zodíaco e é conhecido por trazer oportunidades de crescimento. As oportunidades apontadas por Júpiter dependerão, essencialmente, de como agimos em nosso cotidiano.
Será um período marcado por mudanças importantes, crescimento coletivo e novas possibilidades individuais, desde que saibamos alinhar nossos sonhos à realidade do cotidiano.
Teremos também um alinhamento dos Planetas, trazendo energias de renovação.

Os arquétipos são importantes por diversos motivos, incluindo:

• Identidade cultural: Os arquétipos ajudam a formar a identidade cultural e a entender o lugar do ser humano no mundo.
• Conexão com outras pessoas: Os arquétipos ajudam a se conectar com pessoas que compartilham os mesmos valores e experiências.
• Questionamento e expansão de percepções e crenças: Os arquétipos desafiam o indivíduo a questionar e expandir as suas próprias percepções e crenças.
• Construção de conexões com o público: Os arquétipos facilitam a construção de conexões profundas e significativas com o público.
• Influência em emoções e decisões: Os arquétipos influenciam as emoções e, consequentemente, as decisões.

FELIZ 2025!