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Opções News - Newsletter da UNAT-Brasil - Fevereiro

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você tem fome de que?

Acabamos de celebrar em março o Dia da Obesidade e, agora, em abril, temos o Dia da Saúde. Essa proximidade não me parece uma simples coincidência, pois a obesidade é uma doença em constante crescimento, gerando impactos reais e se consolidando como um dos grandes desafios da saúde pública.

O que isso nos revela? Que lembrar e refletir sobre esses dois temas em meses seguintes é, ao mesmo tempo, um paradoxo e um alerta.

A obesidade é uma condição multifatorial, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, trazendo prejuízos para a saúde física, mental e social. Entre as possíveis consequências, estão doenças como diabetes e hipertensão, dificuldades de locomoção, além de impactos emocionais e sociais, como ansiedade, depressão e bullying.

A busca incessante pelo alimento pode estar relacionada a episódios de compulsão alimentar ou até ao transtorno da compulsão alimentar, no qual a pessoa ingere uma quantidade significativamente maior de comida em um curto período de tempo (cerca de 2 horas), mesmo sem necessidade fisiológica.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social". No entanto, podemos enxergá-la também como um equilíbrio, e não apenas como a ausência de doenças.

Ao unir os temas saúde e obesidade com a Análise Transacional, dois conceitos me vêm à mente: Carícias e Fomes.

Carícia é a unidade básica do reconhecimento humano, aquilo que nos nutre emocionalmente, reforça nosso lugar no mundo e nos conecta às pessoas. É por meio das Carícias que nos relacionamos e validamos nossa existência.

Eric Berne (1988) descreve as Fomes psicológicas como necessidades tão fundamentais quanto os nutrientes presentes nos alimentos. Ou seja, para sobreviver, o ser humano precisa de mais do que apenas comida: precisa de reconhecimento, contato e afeto.

Dessa forma, ao relacionarmos esses conceitos à obesidade, percebemos que ela vai além do excesso de peso — é um sintoma. Ou seja, o verdadeiro problema permanece oculto, enquanto a obesidade ocupa o lugar central, mascarando questões mais profundas.

Em minhas avaliações clínicas, sob a perspectiva da Análise Transacional, observo que a busca por alimento muitas vezes reflete uma necessidade inconsciente de Carícias não recebidas, algo que o indivíduo pode não ter aprendido a solicitar. Além disso, é possível que, ao longo da vida, o alimento tenha se tornado sua principal fonte de Carícias, ativando o sistema de recompensa e reforçando esse comportamento.

Então, surge a reflexão:

  • Qual o papel da comida na vida de quem sofre com a obesidade?
  • Para que essa doença está servindo?

Como psicóloga clínica, especialista em transtornos alimentares, essas são algumas das perguntas que guiam meu trabalho.

Compreender o que acontece internamente pode abrir caminhos para transformar a relação com o mundo externo. É nesse processo que estruturo as sessões com meus clientes, auxiliando-os a identificar seus sentimentos e emoções. Com o tempo, ao tomarem consciência sobre si mesmos, eles se dão Permissão para encontrar novas formas de lidar com suas questões, sem precisar recorrer à comida como única solução.

E você, já parou para refletir sobre o que tem ingerido? São nutrientes (carboidratos, proteínas e vitaminas)? Comida (arroz, feijão, frango)? Ou, talvez, sentimentos reprimidos (felicidade, raiva, tristeza, carinho, necessidade de contato)?

Reflita sobre isso e perceba: sua relação com a comida pode ser a chave para um novo olhar sobre si mesmo.

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Sugestões de filmes e livros.

Por Ana Laura Rodovalho
Psicóloga Clínica CRP 04/49248, Membro Certificado da UNAT-Brasil - Área de Psicoterapia e membro da Comissão da Diretoria de Comunicação UNAT-Brasil.

imagem série RupturaNeste Opções, quero te convidar a assistir ao filme “The Electric State”, estrelado por Millie Bob Brown e Chris Pratt. Embora seja um filme que mais parece história para assistir na Sessão da Tarde, uma trama importante que é mostrada é sobre problemas relacionais que aparecem causados pela disseminação de máquinas que permitem a realidade virtual.

O “vilão” da história criou a possibilidade de se estar em dois lugares ao mesmo tempo: com sua mente conectada a um robô, é possível realizar as tarefas diárias e consideradas “chatas”, enquanto a sua consciência pode ficar conectada a uma realidade virtual mais prazerosa de uma vida que você tem o desejo de viver, mas a realidade não permite.

Essas máquinas de realidade virtual são usadas tanto para essa experiência de viver uma outra vida, quanto usadas nas escolas para se aprender as matérias sem precisar ler nos livros. Esse crescimento de uma cultura que visa a realidade virtual mostra no filme cenas marcantes que, embora conte de uma ficção científica, parece estar bem conectada a realidade de hoje, quando vemos os vícios as redes sociais, a busca de se viver outra vida (vendida como melhor) através das redes, como Instagram e Tiktok.

A problematização do desejo humano de não precisar realizar as atividades obrigatórias e poder viver uma outra realidade somente prazerosa, me faz pensar em um mundo que alimenta um Estado do Ego Criança sem as contenções necessárias de um Adulto Integrante. Algo muito importante que é perdido nesse processo são as relações humanas, que se tornam desnecessárias para a busca – rápida – dos prazeres pela realidade virtual.

As pessoas ficam presas em suas realidades virtuais, os robôs realizam as atividades necessárias e ninguém se relaciona com ninguém. Pessoas jogadas nas ruas como usuários de drogas presos nas realidades virtuais são cenas que vemos nesse filme e que escancaram uma realidade atual: se isolar atrás das telas parece ser mais fácil do que encarar a realidade da vida com sua complexidade, que permeia tanto prazer quanto desprazer.

Assistindo ao filme, me lembrei do 30º Congresso Brasileiro de Análise Transacional, onde o tema é “O contato em tempos de tela”. Nesta próxima edição do Conbrat, que acontecerá em setembro de 2025, vamos refletir sobre o contato diante de uma vida repleta de telas; telas de celulares, de computadores, de televisões, o que mudou e com ele as possibilidades de relação. O olho no olho tem encontrado novas formas e fica o questionamento do quanto essas novas formas tem facilitado ou prejudicado a possibilidade de Intimidade tão necessária, como Berne já nos contou.

A complexidade da relação humana hoje atingiu outros níveis com a globalização e o aumento das telas no cotidiano. As coisas mudaram e tem mudado numa velocidade talvez maior do que a nossa capacidade humana (animal) e algumas questões me surgem a cabeça: como manter um contato saudável mesmo em meio a uma cultura de telas e redes sociais adoecida? O quanto as redes sociais têm ajudado e o quanto tem prejudicado no desenvolvimento do contato? Quais tipos de contato podemos vivenciar nos dias de hoje? E o contato físico, agora com essa nova realidade, como fica? O que isso conta da saúde mental, relacional, emocional de todos nós? E como a AT pode nos ajudar a refletir sobre isso na busca de ajudar a nossa sociedade para que sejamos seres com Autonomia?

Nosso querido Congresso, que está no "forninho", trará com ele várias reflexões possíveis sobre a dinâmica do contato em tempos de telas. Espero refletir sobre essas questões e muitas outras mais com você, caro leitor, em setembro no Rio de Janeiro!

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imagem série RupturaAdolescência (Adolescence no original, novidade no catálogo da Netflix) é uma minissérie britânica com quatro episódios. Ela aborda a masculinidade tóxica e o bullying.

O protagonista repete exatamente o padrão de comportamento do pai. A mãe submissa. Uma família comum, como todas as outras, mas que nos faz ter um olhar profundo para os conflitos familiares.

É importante ressaltar a importância do nosso olhar para com nossos filhos sobre as redes sociais. Em 5 minutos da série, ela já mostra este perigo, que já vem sendo debatido entre jornais, psicólogos e médicos, etc.

Uma série que me trouxe profunda reflexão!

Chorei toda culpa que a maternidade já me trouxe e que ainda vai me trazer. Educar e amar um filho, tendo que lidar com todos os nossos machucados infantis que um filho traz à tona.

Cada vez que a arte acerta assim, a ponto de talvez  mudar o mundo ou, pelo menos, chacoalhar com esta intensidade e velocidade, me dá orgulho imenso de trabalhar com cinema!

Os atores, a direção... E que roteiro maravilhoso!

E este ator em seu primeiro personagem, que talento! 

Este relato e dica de #ATflix foi compartilhado por: Denise Tupynambá, atriz, professora de artes e figurinista de cinema. Faz terapia em Análise Transacional e é apaixonada pelo processo.

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Por Leilane Nascimento
Psicóloga CRP 05/48966, Certificada em Análise Transacional - Área de Psicoterapia e membro da Comissão da Diretoria de Comunicação UNAT-Brasil.

O dia 7 de abril é uma data para direcionar atenção ao Combate Nacional ao Bullying. A origem da data se refere a Lei n° 13.277 sancionada, instituindo que seja mais uma possibilidade da sociedade se conscientizar e validar esse tema. O termo “Bullying” se caracteriza pela violência física ou psicológica para um ou mais indivíduos de forma proposital - nesse sentido, podem ocorrer em diversos grupos sociais, sendo acompanhado, principalmente, no contexto escolar de crianças e adolescentes.

Ao considerar o Desenvolvimento Humano, podemos refletir que a Adolescência é um período caracterizado pelo afastamento entre pais e adolescentes, considerando que é natural e esperado que esse comportamento venha a surgir nesse período. Mas é importante registrar que os pais e a escola ainda são figuras significativas na educação do jovem em formação.

Em 2019, a Lei nº 13.935 instituiu que a rede pública de educação básica deve fornecer o serviço de psicologia e assistência social nas escolas. A lei é uma conquista para o Brasil, porém muito recente. São apenas 5 anos em que as escolas contam com uma equipe multiprofissional, no sentindo do conhecimento técnico das questões sociais e psicológicas de cada criança e adolescente. Entendo que existe esperança, do verbo “esperançar”, como descreve Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, mas ainda temos muito que caminhar.

Entendo e trago aqui a Análise Transacional como ferramenta de trabalho para psicopedagogia, psicologia e assistência social. Um dos conceitos que logo me vem a cabeça se refere as Transações: trabalhar o como nos comunicamos, seja no contexto familiar, escolar ou social. E pensando de forma mais específica, cabe refletir sobre os Jogos Psicológicos e efeitos de mal-estar gerados em todos os envolvidos.

A escola, família e os adolescentes precisam de comunicação, mas, acima de tudo, de clareza e também do conceito de Intimidade. A comunicação para além do “quê “ se diz, mas sim sobre o como ocorre a comunicação.

Como mencionado aqui no Opções, recentemente a plataforma da Netflix lançou a série, britânica Adolescência. Baseada na realidade, a minissérie aborda um recorte social e geográfico importante, mas precisamos ter cuidado ao comparar com o contexto brasileiro, já que são aspectos sociais muito diferentes. O ponto alto da série se refere aos relacionamentos dos adolescentes em seus diversos grupos, inclusive na escola e com os pais. Nesse sentido, podemos identificar conflitos que podem influenciar o Bullying e o Cyberbullying - esse último inclui os comportamentos do Bullying através das interações digitais, como: redes sociais, jogos e aplicativos de mensagens, por exemplo.

Entendo que para nós, Analistas Transacionais em suas diversas áreas, cabe ter e dar maior atenção e cuidado à comunicação entre as figuras da escola, família e as crianças ou adolescentes.

Fontes:
Lei n° 13.277
Lei nº 13.935
Bullying e preconceito: a atualidade da barbárie

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Comissão da Diretoria de Comunicação

Abril Azul é uma ação dedicada a promover a conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), condição do neurodesenvolvimento que afeta milhões de pessoas no mundo inteiro, de crianças a adultos. Apesar de celebrada durante todo o mês, a campanha também conta com um dia oficial: 02/04, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

O TEA abrange uma ampla gama de características, com diferentes formas de manifestação e, por consequência, diferentes graus de suporte necessários. Entre os seus principais aspectos, estão dificuldades na comunicação e interação social, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Portanto, é importante frisar que cada pessoa que se encontra dentro do espectro é única e suas habilidades podem variar significativamente, sendo fundamental o reconhecimento da individualidade e do potencial de cada uma.

A campanha visa, acima de tudo, informar e sensibilizar a sociedade. Ao colorir o mês de Abril com a cor azul, busca-se quebrar as barreiras construídas pela desinformação e pelo preconceito e promover um ambiente mais inclusivo, onde pessoas neuroatípicas (e, também, suas famílias) possam se sentir reconhecidas, sendo aceitas e apoiadas. As ações de conscientização do Abril Azul incluem palestras, debates, eventos culturais, caminhadas e a iluminação de pontos turísticos pela cor azul, sempre com o objetivo de educar o público sobre o TEA e a importância da inclusão nas escolas, no mercado de trabalho e nas atividades sociais.

Infelizmente, ainda existem muitos desafios e estigmas enfrentados pelas pessoas dentro do espectro autista: a falta de compreensão sobre pode levar ao isolamento social e à exclusão dessas pessoas, impactando negativamente sua qualidade de vida. Por isso a importância desse chamado, para que todos busquem refletir sobre como podem contribuir para um mundo mais inclusivo e acessível. Cada um de nós tem um papel fundamental na construção de uma sociedade que respeite e qualifique positivamente as diferenças. O TEA não deve ser visto como uma limitação, mas sim como uma diversidade que, quando compreendida e apoiada na Oqueidade, pode proporcionar novas formas de interação, aprendizado e desenvolvimento.

Para além do mês de Abril, é fundamental que todos se unam para promover mais empatia e compreensão, reconhecendo as diversas formas de ser, de viver e de existir: estes são passos essenciais para se garantir um futuro mais justo, amoroso e igualitário para todas as pessoas, independente das suas diferenças. E para contribuir nessa caminhada, trazemos nesta edição produções significativas de nossas Analistas Transacionais a respeito do tema a partir do suporte teórico e prático da Análise Transacional - qualificando, inclusive, a AT como uma alternativa eficiente no cuidado de pessoas dentro do espectro autista.  

No artigo A construção da subjetividade da criança autista - um breve diálogo entre Jacques Lacan e Eric Berne, a Analista Transacional Daniela Brodwolf foca na formação da subjetividade da criança dentro do espectro autista. A autora teve como objetivo a busca de um novo olhar acerca da constituição da subjetividade da criança autista a partir do confronto das posições teóricas de Eric Berne e de Jacques Lacan, permitindo compreender e expandir o olhar para além da figura materna como principal elemento da constituição do TEA.

Em Análise Transacional na terapia com crianças autistas, a Analista Transacional Dayane Spirandelli Araújo traz dois estudos de casos, um em ambiente clínico e outro em ambinte escolar, com o objetivo de debater o uso de conceitos da Análise Transacional como auxílio no processo terapêutico com crianças  autistas.

Já no trabalho Autismo - autoviver em vez de conviver: a interação e a comunicação pais-bebê, a proposta da Analista Transacional Ledijane Cristina Sachet Ghisi foi contextualizar a interação entre pais e bebê quando os primeiros sinais de afetação em três áreas do desenvolvimento humano (a interação social, a comunicação e os comportamentos restritos e repetitivos) se manifestam no indivíduo, correlacionando com conceitos da AT e, em especial, com a obra de Jacqui Schiff, com seus trabalhos de reabilitação focados nas Simbioses patológicas, nas Desqualificações do desenvolvimento atípico do bebê, gerando as Condutas Não Produtivas.

Reflexões Transacionais é uma editoria não só para dar espaço aos trabalhos realizados pela nossa comunidade de Analistas Transacionais que, diga-se de passagem, está recheada de conteúdos bacanas e riquíssimos, mas também para convidar cada um de nós a refletir, a pensar em Análise Transacional.

Você tem gostado dos trabalhos apresentados nessa seção e ficou com gostinho de “quero mais”? Você pode encontrar cada um deles completos na aba Publicações em nosso site oficial!

Agora, se você ficou com vontade de compartilhar conosco as suas Reflexões Transacionais, vamos adorar saber!

Nos envie seu feedback através do e-mail comunicacao@unat.org.br.
Até a próxima!

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Nossas Pesquisadoras da UNAT

Por Aymée Fávaro
Psicóloga CRP 05/49942, Analista Transacional em Formação  –  Área de Psicoterapia e membro da Comissão da Diretoria de Comunicação UNAT-Brasil.

A história por trás do dia 1º de Abril, também conhecido como o Dia da Mentira, é envolta em mistérios e teorias. Existem algumas explicações históricas que costumam ser frequentemente mencionadas, embora a verdadeira origem não seja completamente clara.

Imagine só, um dia que nos faz questionar, inclusive, a própria veracidade de sua origem! Tem um quê de curioso e divertido nisso, não é?

A teoria mais popular (e, também, a mais aceita) tem relação com a reforma do calendário para o que conhecemos: criado na Europa no século XVI, o calendário gregoriano foi introduzido pelo Papa Gregório XIII e é o sistema de calendário mais utilizado no mundo hoje, sendo o padrão internacional para medir o tempo. O objetivo desta mudança era corrigir erros no calendário juliano, que estava em uso desde o Império Romano.

Antes dessa reforma, o Ano Novo era comemorado entre o final de Março e início de Abril; mas após a introdução do novo calendário, o dia 1º de Janeiro passou a ser estabelecido como o início do novo ano.

"E o que isso tem a ver com o Dia da Mentira?!" você pode estar se perguntando. Até porque foi o que logo indaguei ao me deparar com essa informação.

Muitas pessoas foram resistentes e/ou não se adaptaram à mudança de Quadro de Referência imediatamente, dando continuidade à celebração do Ano Novo nas datas antigas. Esses "atrasados", apegados ainda ao velho costume, eram chamados de "bobos de Abril" e, para zombar deles, aqueles que já haviam adotado o novo calendário começaram a pregar peças e fazer brincadeiras, espalhando mentiras ou enganos. Com o passar do tempo, essas práticas se tornaram uma tradição associada ao 1º de abril, o que oficializou o dia como o Dia da Mentira.

No Brasil, segundo aquilo que se conta, a tradição de "celebrar" esse dia foi introduzida em 1828. O jornal impresso mineiro A Mentira teve a ideia de pregar uma grande peça, que estampou na capa, justamente no dia 1º de abril e em sua primeira edição, a notícia do falecimento de Dom Pedro I - no entanto, a realidade é que o monarca viveu ainda por muitos anos, falecendo apenas em 1834, em Portugal.

Mas foi no século XX, especialmente após o desenvolvimento dos meios de comunicação, como o rádio e a televisão, que o Dia da Mentira começou a ser mais amplamente comemorado, caindo no gosto do povo brasileiro com as brincadeiras e piadas feitas através dessas mídias durante esse dia. É muito provável que as primeiras grandes propagandas, trotes e pegadinhas na TV ocorreram a partir das décadas de 50 e 60, quando a televisão se popularizou. Hoje, com a internet, é claro que a celebração não ficou de fora das redes sociais: a prática de pregar peças também se popularizou no Whatsapp, Instagram, Tiktok, Facebook, Twitter e em sites, com pessoas e até empresas participando da data.

Após 5 séculos, independentemente da origem exata, esse dia segue como uma oportunidade para permitir que nossa Criança Livre brinque e se divirta com amigos, familiares e colegas de forma leve, sem intenções de prejudicar ninguém. E que convida, também, a cada um de nós a estar com os nossos Estados do Ego Pai presente, reconhecendo quais os limites saudáveis para as brincadeiras, e Adulto ativado, para filtrar os dados de realidade e diferenciar criar mentirinhas para se divertir com criar, espalhar e confiar em notícias falsas como fontes seguras de informação, as famosas fake news.

E você, como celebra esse dia? Você costuma brincar, pregar peças e fazer trotes? Tem alguma história engraçada, legal? Fui convidada para escrever este texto porque, além de gostar de compartilhar fatos e curiosidades interessantes, tenho uma boa:

Minha história favorita (e considero que, despretensiosamente, minha primeira "pegadinha" da vida) de 1º de Abril foi quando cheguei ao mundo.

Minha mãe, que optou pelo parto natural, recebeu uma estimativa de que eu iria nascer entre os dias 6 e 8 de Abril. Em 01/04, que caiu numa segunda-feira em 1991, minha mãe saiu, acompanhada de minha madrinha, para a última consulta com a obstetra antes do parto, com a barriga pesada e desconfortos tidos como comuns da reta final da gravidez. Chegando lá, veio a notícia: ela tá pronta e vai nascer hoje!

Plot twist: nasci no primeiro dia de Abril.

Agora imagine o cenário: como contar para as pessoas que era verdade que eu tinha acabado de nascer? Numa época em que telefone era só fixo e nem todos tinham acesso. Então num grande "conta dali, conta daqui", a informação foi se espalhando entre familiares e amigos, que se divertiram com a ideia de que essa era a pegadinha de primeiro de Abril dos meus pais. E se divertiram ainda mais quando descobriram que, se me permitem a licença poética de parecer redundante aqui: na verdade, era realmente verdade. Desde então, sempre amei o fato de ter nascido nesse dia e dessa história ser sempre contada com muito carinho, diversão e alegria na minha família.

 Annaiza de Souza Rozeno

Hoje, você termina a leitura desse texto conhecendo um pouco mais sobre a história do Dia da Mentira e da minha história pessoal também. E, para encerrar, compartilho uma última curiosidade aleatória e verdade sobre esse dia: também é aniversário da apresentadora Ana Maria Braga. Acorda, menina!

Feliz aniversário para nós, verdades do dia 1º de Abril!

 Annaiza de Souza Rozeno

Um terceiro  cromossoma  Um terceiro  Um terceiro

Por Comissão da Diretoria de Comunicação

A Páscoa é hoje amplamente conhecida como a celebração cristã da ressurreição de Jesus Cristo, mas suas origens atravessam séculos, religiões e culturas. Da libertação do povo hebreu no Egito às tradições pagãs da primavera europeia, a data reúne significados que vão muito além dos ovos de chocolate e coelhinhos simpáticos.

Traz no seu âmago o arquétipo da renovação, da passagem de um estágio para outro superior e mais significativo. E, também, o de compartilhamento e festa! Como é bom procurar as cestinhas de ovinhos e guloseimas pela casa e seus arredores!

Quais as tradições que você guarda da sua Páscoa? Que tal compartilhar no nosso grupo do Whatsapp Sou Unat?

Libertação e fé: as raízes judaicas da Páscoa

Antes de ser cristã, a Páscoa era – e ainda é – uma festa judaica. Chamada de Pessach, que em hebraico significa “passagem”, a celebração marca o êxodo dos hebreus do Egito, onde eram escravizados. De acordo com a tradição bíblica, após uma série de pragas lançadas sobre o faraó, Deus teria ordenado que o povo hebreu marcasse as portas de suas casas com sangue de cordeiro, para que o anjo da morte “passasse por cima” delas. Daí o nome da festa.
Celebrada há mais de 3 mil anos, a Páscoa judaica ocorre entre março e abril e é marcada por um ritual familiar, o Sêder de Pessach, que relembra o sofrimento e a libertação dos hebreus, com alimentos simbólicos e leitura de textos sagrados.

Cristianismo ressignifica a data

No cristianismo, a Páscoa ganhou um novo significado com a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo. Segundo os Evangelhos, Jesus foi crucificado durante a semana da Páscoa judaica e ressuscitou no terceiro dia, o que deu origem à celebração cristã. Para os fiéis, a data representa a vitória sobre a morte e a promessa de vida eterna.
Desde o século IV, com o Concílio de Niceia, a Igreja decidiu que a Páscoa cristã seria comemorada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do equinócio da primavera no hemisfério norte — o que explica por que a data é móvel.

Símbolos que vêm de longe

Boa parte dos elementos populares associados à Páscoa têm raízes pagãs. O coelho, por exemplo, é um antigo símbolo de fertilidade, ligado a festivais germânicos da primavera dedicados à deusa Ēostre – de onde vem o termo “Easter”, usado para designar a Páscoa em inglês.
Outro símbolo adotado pelo cristianismo foi o ovo, que representa o nascimento e a renovação da vida. Durante a Idade Média, era costume pintar ovos durante a Quaresma. Mais tarde, os ovos passaram a ser recheados e fabricados com chocolate, especialmente a partir do século XVIII, na França e na Alemanha – um costume que ganhou o mundo.

Curiosidade histórica

Um fato pouco conhecido é que, por séculos, o cálculo da data da Páscoa causou controvérsia entre cristãos do Ocidente e do Oriente. As divergências em torno da lua cheia e do calendário juliano versus o gregoriano fizeram com que, até hoje, as igrejas ortodoxas e católicas muitas vezes celebrem a Páscoa em datas diferentes.
Entre fé, história e tradição, a Páscoa se mantém como um dos feriados mais simbólicos da humanidade. Em suas múltiplas formas, é uma celebração da passagem: da escravidão à liberdade, da morte à vida, do inverno à primavera (no hemisfério norte) – e, para muitos, da escuridão à esperança.

 

 

 imagem ilustrativa de coração
Aniversariantes

01 ABRIL
Aymée Fávaro Cineiro

02 ABRIL
Luiz Antonio Tiradentes

04 ABRIL
Patricia Guterres Bandeira Nogueira

05 ABRIL
Ana Paula Pereira dos Santos
Sandra Cairo de Oliveira Amaral

06 ABRIL
João Pedro Guimarães Aversa

08 ABRIL
Fabiane Ninoff Monges

09 ABRIL
Glaucia Braga Mercher Coutinho

10 ABRIL
Andrea Maria Girotto
Laura Borges Azambuja

12 ABRIL
Fabrizia Rossetti
Debora Tatiana de Medeiros

13 ABRIL
Ila Barbosa Bittencourt

14 ABRIL
Luiz Eduardo de Bastos Neder
Elisabeth Heinzelmann

16 ABRIL
Fabiana Garcez

18 ABRIL
Debora Marcolino Ferrari

19 ABRIL
Loeci Maria Pagano Galli

20 ABRIL
Marklene Amorim dos Santos

21 ABRIL
Saburo Okada
Giuliana Costa Moreira Moutela

23 ABRIL
Karine Ferreira Santos Mendonça
Marilia Marcia Santos Pereira
Andressa Borges Machado

25 ABRIL
Elionai Santos Cardoso
Denise Rochael
Rosane Bonessi Dias
Auzean Lucena da Silva
Thais Defensor Santos

27 ABRIL
Marco Ricardi de Abreu

29 ABRIL
Ana Cicília Ribeiro Siqueira

30 ABRIL
Adevanilde da Silva Rodrigues
Ketty Regina Lacombe Klingelfus
Klézia Daiane Antunes Souza

EXPEDIENTE
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