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INFORMATIVO OFICIAL DA UNIÃO NACIONAL DOS ANALISTAS TRANSACIONAIS | BRASIL | Nº 162 - FEVEREIRO DE 2024
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Estamos convidando a cada um dos associados da UNAT-Brasil a escrever sobre seus trabalhos, a falarem sobre como utilizam os conceitos de Berne ou descreverem alguma ação ou dica especial na prática diária.

Também pode ser algo que você assistiu, leu ou viu que considere significativo para compartilhar entre os seus colegas.

Com um texto leve, informal, para que as pessoas que não sejam da área específica também possam se inteirar do que é realizado nas outras, a partir do suporte teórico-metodológico da AT.

Você quer compartilhar sobre como você utiliza a AT na sua área?

Entre em contato com a Diretoria de Comunicação.       .       .       .       .       .       .       .

 

E fazemos o convite para que cada um de vocês leve o nosso OPÇÕES para os outros círculos de sua convivência, convidando suas redes de amigos a conhecerem as várias possibilidades de abordagens que a Análise Transacional permite.

Também aceitamos sugestões de quais trabalhos você gostaria que fossem colocados aqui.

Realizada com muito carinho, nesta edição temos notícias importantes da Diretoria de Docência e Certificação.
José Silveira nos informa sobre as datas dos workshops promovidos pela sua diretoria, com os temas e os facilitadores.

E ainda sobre outras datas bem importantes: Data limite para envio de exame escrito, datas dos exames orais e do próximo Fórum.

A Diretoria Financeira também se faz presente nos avisos.

Por falar nisto, você sabe o que cada Diretoria faz? Como funciona? A diversidade de questões que cada uma organiza e resolve junto com suas comissões para que nossa Instituição fique cada vez melhor? Vamos começar a deixar claro para você estas questões. Lembre-se A UNAT SOMOS NÓS.

E, ainda, uma homenagem comovente a Claude Steiner, experiências compartilhadas da área organizacional e de psicoterapia. E um artigo sobre emoções e Janeiro Branco. Leia e compartilhe.

 



Estimados colegas e amigos, MDs e MDFs,

Após um 2023 produtivo, coroado por um CONBRAT de nível internacional, que se revelou como um prenúncio auspicioso para as boas-vindas ao novo ano de 2024, expresso meus sinceros votos de um Ano Novo próspero, repleto de saúde, paz e sabedoria. Que o ano de 2024 seja marcado por conquistas significativas e aprendizados enriquecedores para cada um de nós.

É com entusiasmo que anuncio um evento de primordial relevância no cenário acadêmico e científico que certamente moldará nosso percurso profissional. Nos dias 19, 20 e 21 de abril de 2024, teremos o privilégio de receber nossa querida MD Jane Costa que conduzirá um módulo especial no âmbito de nosso ilustre Curso AT-303. O tema em destaque será nada menos que ‘EXAMES’, um pilar essencial em nossa prática profissional.

Insisto, com elevado apreço, os MDs e os MDFs a participarem ativamente deste módulo meticulosamente elaborado, focado de maneira específica na temática dos exames. Nossa aspiração é que cada um de vocês esteja perfeitamente alinhado com os protocolos de correção de exames escritos e na condução de bancas orais, aprimorando assim a qualidade e a consistência de nossa avaliação.

Sublinho, enquanto Diretor de Docência e Certificação, a importância crucial de que apenas os MDs e MDFs que tenham sido devidamente treinados participem ativamente na correção desta nova modalidade de exames. Esta diretriz visa assegurar um padrão elevado e uniforme em nossa abordagem avaliativa.

Assim, conclamo a todos a priorizarem este chamado de grande importância, alinhando-se com o compromisso de excelência que caracteriza a nossa estimada UNAT-Brasil. Conto com a participação entusiástica de cada um, contribuindo para o engrandecimento da nossa comunidade acadêmica.

Antecipo meus agradecimentos pela dedicação e colaboração, ansioso por testemunhar o sucesso coletivo que, sem dúvida, resultará desta significativa empreitada.

Atenciosamente,
José Silveira Passos - Diretor de Docência e Certificação
UNAT-Brasil.

 

 

/ DIRETORIA DE DOCÊNCIA
E CERTIFICAÇÃO

/ DIRETORIA FINANCEIRA

A ANUIDADE UNAT-BRASIL 2024 JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA PAGAMENTO.

A anuidade 2024 já está disponível para pagamento. Apresentamos os valores de anuidades e taxas, a serem praticados no ano de 2024 a partir de 01/02/2024, após aprovação da Diretoria e do Conselho Deliberativo. O indicador utilizado para correção da anuidade e taxas é o INPC - em janeiro de 2024 foi divulgado este índice acumulado em 12 meses (dezembro de 2023): 3,71%.




A manutenção dos benefícios para o associado quanto ao pagamento da anuidade 2024 continua:

- Realizar o pagamento em até 6 vezes/parcelas – pagamentos realizados via site portal.unat.org.br, utilizando o meio PagSeguro.

- Conceder 9% de desconto para pagamentos de anuidade realizados até 30/04/2024.

- Conceder 5% de desconto para pagamentos de anuidade realizados até 31/07/2024.

- Participar gratuitamente dos Workshops e demais eventos realizados pela Diretoria da UNAT-Brasil e obter desconto para participação em Congressos e Fóruns (para não associados e associados com pendências em anuidades anteriores, alguns eventos, como os workshops de atualização, tem um investimento de R$ 500,00).

Assim como no ano anterior, o associado também poderá realizar o pagamento de sua anuidade por meio do PIX, utilizando os dados abaixo. Ao optar pelo PIX, o associado se responsabiliza pela identificação de seu pagamento, devendo enviar o comprovante para os e-mails financeiro@unat.org.br e unat@unat.org.br.

Chave PIX:
CNPJ 56995715000186
Lembrando que a data final de vencimento da anuidade é 31/12/2024, porém, para pagamentos até o dia 30/04, a UNAT-Brasil concederá o maior percentual de desconto: 9%.

A UNAT-Brasil estende o período de pagamento com maior desconto até abril, como uma forma de colaborar com seus associados, uma vez que os três primeiros meses do ano tendem a concentrar um volume maior de despesas (impostos e taxas, material escolar, etc).

 

Renata Gava, nossa Diretora Administrativa conta sobre o que é estar neste lugar.

Quero destacar o apoio da Secretária Administrativa, Andréa Gava, fundamental neste primeiro atendimento ao associado. Sintetizando o que é administrar a UNAT, atender bem o associado de forma ativa para responder às suas necessidades, na medida do possível, viabilizando os serviços de apoio, como sistema,

verificar sua documentação, prestar o melhor serviço para uma boa experiência dentro da UNAT. Fazer contratação bancária, zelar pelo patrimônio da Associação; os livros, os documentos físicos e toda a documentação on line de atas e reuniões.

COMISSÃO: neste momento conto com a Ana Rosa, que vai se apresentar para vocês logo abaixo.

Olá! Sou a Ana Rosa Pinto Carpi, Analista Transacional certificada em Psicoterapia.

Tenho 50 anos, sou casada há 15 anos com o Lau que é gerente financeiro, minha enteada que chamo de filha é a Tais, e acaba de se formar em medicina e sou mãe da Bia, que faz administração, mas diz que um dia vai para a Psicologia. Essa família incrível sempre me apoiou em minha transição de carreira quando conheci a AT. Foi mais ou menos assim:

Formada em Psicologia em 1996, atendi em clínica por 5 anos e depois enveredei por outros caminhos em empresas na área de atendimento a clientes.

Em 2017, com profundo desejo de voltar à Psicologia, comecei minha busca por desenvolvimento pessoal e conheci nosso atual Presidente, Jeffersonn Moraes - que fez total diferença na minha escolha! Fiz minha formação em organizacional com ele aqui em São Paulo, onde nasci e resido. Neste processo me decidi voltar para minha verdadeira paixão: a clínica, onde atuo desde 2018.

Em 2020, fiz minha formação em Psicoterapia com Marialba Gomes, em Curitiba e minha certificação em novembro de 2022.

A Análise Transacional fez muito sentido em minha vida profissional. Mas fez ainda mais sentido em minha vida pessoal. E, coisas boas, a gente quer compartilhar! Esse é um grande desejo: ver a AT seguindo cada vez mais forte e acessível.

A atual Diretoria da UNAT é composta por pessoas que respeito e admiro muito. O convite em integrar a Comissão da Diretoria Administrativa me enche de alegria e responsabilidade. Espero poder fazer parte da história de um lugar com tanto potencial de transformação de vidas e contribuir efetivamente para isso!

 

Por Jane Maria Pacinha Costa

6 de janeiro de 1935. Nascia, num domingo em Paris, nosso amado Claude Michel Steiner, anunciando uma trajetória que acabou por se tornar inspiração para tantos de nós, analistas transacionais, pelo mundo.

Com sua disposição para trabalhar contra discriminações e injustiças sociais e pela libertação de padrões opressivos, encontrou em Eric Berne e na Análise Transacional, conhecimentos e reflexões para estudar e entender o humano e suas relações, compreendendo, muito cedo, que o amor era a resposta. E somos embalados, desde então, com Um conto de Carinhos.

Com sua dedicação para tornar acessível a tantos quantos se sentissem tocados, desenvolveu, por fim, a proposta da alfabetização emocional com coração, um método de Educação Emocional para que, em nossas relações, nos tornemos, mais e mais, Guerreiros Emocionais, ativistas da transformação relacional.

A consciência de que mentiras, omissões, manobras de controle e salvação, alimentando crenças de escassez e desigualdade devem ser superadas num paradigma de abundância de reconhecimento, sinceridade e reparação de danos emocionais, é fundamento em sua vida e teoria desenvolvida.

Por tudo isto e tanta sabedoria, venho, Claude, certamente em nome de muitos, honrar seu nascimento, sua vida e sua obra dedicada à nossa evolução, empatia e amorosidade para superação das cicatrizes da caminhada. Gratidão e parabéns, amigo.
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Jane Maria Pancinha Costa é médica ( CREMERS 10298) psicoterapeuta e sanitarista, com especialização em Análise Transacional (FATEP/UNAT-BRASIL) Certificada Clínica pela ITAA e Didata Clínica e da Saúde da UNAT-BRASIL, Mestre em Educação – UFRGS. Formação em Educação Emocional com Claude Steiner – USA. Formação em Deep Memory Process com Roger Woolger.


Por Cláudio Reis

Nos últimos anos venho dedicando meu trabalho ao desenvolvimento de líderes, após toda uma carreira atuando como engenheiro na área de gestão industrial. Ao longo dessa jornada vivenciei profundas transformações no mundo corporativo, impulsionadas principalmente pelo avanço da tecnologia da informação e da comunicação. Como exemplo, o uso de aplicativos para comunicação em tempo real, ferramentas de relacionamento com clientes, projetos de automação, educação à distância e, mais recente, a inteligência artificial.

Esses recursos tecnológicos viabilizaram novas configurações de trabalho como o home office e o teletrabalho, com mudanças significativas no ambiente social corporativo, em alguns casos positivas, com ganho em produtividade e qualidade de vida para o funcionário, e em outros, negativas, com redução de engajamento, desmotivação, excesso de ansiedade e burnout.

A magnitude dessas transformações influenciou no surgimento de novas competências requeridas pelo mercado de trabalho, que passa a exigir dos profissionais, além do conhecimento técnico específico, determinadas habilidades socioemocionais para lidar com os desafios da nova economia digital. Nesse contexto, melhor se posicionam as organizações cujos líderes são capacitados para conduzir mudanças orientadas para agregar valor ao cliente de modo contínuo, se utilizando dos recursos tecnológicos disponíveis e mobilizando a equipe para resultados, em ambiente produtivo e saudável.

Emerge o conceito de liderança digital (Wart et al.,2019), sendo o uso criativo e eficaz de métodos eletrônicos combinado com meios tradicionais de comunicação. Por esse conceito, liderança engloba, além de conhecimento sobre ferramentas digitais e habilidades tecnológicas, a capacidade de estimular mudanças em pensamentos, sentimentos, comportamentos e desempenho de indivíduos e equipes. Outro conceito em destaque é o de liderança transformacional (Avolio e Bass, 2004), relacionada à capacidade de inspirar mudanças em tempos de rápidas transformações, estimulando a motivação pela influência idealizada e a consideração individual.

Nesse cenário, fica evidente a necessidade de atualização de competências de liderança para aqueles que tem a missão de exercer influência positiva sobre indivíduos e equipes para alcançar os resultados planejados. Com o intuito de atender essa demanda, nós do Instituto Pharos desenvolvemos um treinamento de capacitação de líderes, usando como teoria central o constructo teórico de AT, somado a experiência em gestão e pesquisas no campo. No modelo atual, o treinamento é realizado em doze módulos de uma hora e trinta minutos de duração, na modalidade virtual síncrona, com o incremento de material de apoio na forma de um ebook e doze videoaulas que são disponibilizadas aos participantes para serem assistidas antes dos encontros.

Em avaliações de aprendizado ao final de cada treinamento, os resultados obtidos confirmam a eficácia de aplicação da AT em desenvolvimento de competências de liderança para a economia digital, com destaque para: comunicação, consciência ética, confiabilidade, motivação, inteligência emocional e trabalho em equipe.

Ao estimular o participante a compartilhar sua experiência de aprendizado com AT, surgem relatos como os mencionados abaixo:

“No trabalho, comecei a me comunicar com mais frequência no Adulto. Antes começava mais com Pai Crítico e Criança Adaptada.”
“Trouxe a consciência do meu Pai Nutritivo.”
“A auto-cobrança do Pai Crítico estava atrapalhando meus comportamentos, sem ter visão sobre isso.”
“Aprendi que não é saudável reprimir as Emoções Naturais.”
“Foi importante para que eu passasse a receber melhor as Carícias. Levei para minha vida e agora pratico com frequência.”
“Atuava muito no papel de Salvador e agora procuro delegar mais.”
“Aprendi a lidar melhor com pessoas “+/-” e “-/+.”

Esses relatos reforçam o posicionamento da AT como uma teoria que estimula mudanças positivas se utilizando de conceitos de fácil assimilação por leigos. Outra observação relevante é a satisfação demonstrada por alguns participantes diante da possibilidade de aplicar o aprendizado em relacionamentos na vida pessoal, em especial com cônjuges e filhos. Em alguns casos, os insights despertaram no participante o interesse em aprofundar o autoconhecimento, e, em outros, influenciou a decisão de buscar psicoterapia.

Nesse ponto, é possível considerar que a aplicação da AT em programas de capacitação de líderes, além de contribuir com o alcance de objetivos organizacionais na nova economia digital, têm o potencial de estimular a coexistência com diálogo baseado em confiança e autoexpressão honestas, aspectos essenciais para criar e manter um ambiente social saudável. Tema de relevância global em nossos tempos, em que a saúde mental é considerada um problema público, mobilizando governos e sociedade civil organizada através de campanhas de conscientização como o Janeiro Branco, que completa uma década visando construção de uma cultura da saúde mental e do bem-estar emocional no Brasil.
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Cláudio Reis - Engenheiro mecânico, MBA em gestão de projetos – FGV, e Mestrado Profissional em Administração - UFF (em conclusão). Analista Transacional Organizacional e Membro Didata em Formação UNAT – Brasil. Formação em Dinâmica dos Grupos – SBDG. Experiência em gestão de equipes, consultoria e mentoria. Coordenador de treinamento do Instituto Pharos.

 

Por Kênia Ferreira

Em novembro de 2023 aconteceu em Curitiba o 29º Conbrat. Como convidado internacional Giorgio Piccinino , Analista Transacional certificado(psicoterapia), sociólogo, psicólogo; já publicou vários artigos em revistas italianas de AT e muitos livros.

Muito significativo para mim foi o curso do Pré-Congresso que ele conduziu, com o tema: Felicidade e tristeza: nosso alimento e impulsos para viver e dar sentido e significado à nossa passagem na terra.

Uma das frases marcantes de Giorgio Piccinino nos conduz a entender a natureza humana e sua energia motriz inata: a essência da espécie; “Tudo aquilo que desvia a natureza da espécie trás sofrimento.” Nesse sentido, a saúde mental e a felicidade são entendidas como resultado de bom funcionamento intrapsíquico e relacional juntamente com as pulsões universais inatas típicas de nossa espécie, isto inclui sobrevivência, pertencimento, conhecimento e autorrealização.

Para sobreviver, os seres humanos tiveram que unir em grupos e desenvolver uma tendência para o afeto; depois passaram a criar o amor e a civilidade como forma de ligações afetivas. Vivenciaram aprender a transmitir informações e em seguida com o conhecimento, a curiosidade, a cultura e a tendencia para aprender, crescer e continuar evoluindo. Finalizando, os seres humanos se diferenciaram e se individualizaram e passaram a desenvolver sua identidade e com isso a criatividade, o desejo de ser como gostamos e de ser autorrealizável. Os quatro impulsos são igualmente necessários para uma vida sadia. Um impulso prevalece sobre o outro pela sua necessidade do momento. Frase do Piccinino no Congresso: “Basta que te queiram bem”.

Ao nascer, o ser humano poderá ser aceito /apoiado ou não, e isso influenciará na sua vida futura. As Injunções e Permissões que a criança recebe interferem na sua maneira de sentir e expressar prazer ou repulsa por acontecimentos reais.

Piccinino faz uma distinção entre instintos e impulsos. Os instintos são tendenciais existenciais pouco mutáveis. São características universais com as quais cada ser humano nasce; os impulsos podem ser fortemente afetados pelo aprendizado, deixando os indivíduos de certa forma livres para alcançar seus objetivos. Ele também ressalta que o Reconhecimento e a necessidade de Estrutura e Estímulos poderiam ser vistos como as condições necessárias para o funcionamento, nutrição indispensável para o crescimento e suporte para evolução e aprendizado, sem necessariamente, se tornar o objetivo da vida.

Piccinino finaliza sua fala com contribuição de que seres humanos melhorarão se forem capazes de descobrir sua verdadeira natureza e com isso ele faz uma distinção entre ser (realizar a natureza humana) e existir (sobreviver).
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Kênia Ferreira é psicóloga clínica e organizacional, formada desde 1989 pela faculdade UNICEUB de Brasília. Algumas pós em outras áreas da psicologia, porém a base de seu trabalho no consultório é na Análise Transacional, onde tem Pós-Graduação e Especialização Clínica.

 

Por Adriana Montheiro

Acabamos de ter foco no mês de Janeiro Branco, com o tema: Saúde mental. Na verdade, saude mental deveria ser um tema constante sobre o qual a Análise Transacional tem muito a contribuir. Olhar para como se lida com sentimentos e emoções é uma forma.

Podemos observar o aumento de diagnósticos ligado a estas questões: ansiedade, depressão, hostilidade e violência nas relações interpessoais nos mais diversos ambientes. E, algumas dessas questões levam a ações extremas: brutalidade, hostilidade, suicídio, homicídio.

A saúde mental pode e deve ser inserida na vida do ser humano, desde a mais tenra idade, ensinando a observar e a gerenciar seus ataques de raiva, seus "emburramentos". Mostrando que sensações e emoções se expressam no nosso corpo, mostram o momento de aproximar ou de afastar, orientam nossas ações e depois de elaboradas, ficamos em paz.

Ter conhecimento sobre emoções é fundamental para estarmos bem. E estarmos bem, não significar estarmos sempre alegres, felizes. Podemos estar bem sentindo medo, raiva e tristeza, emoções consideradas negativas. Importante saber que não existem emoções negativas. Cada emoção traz em si uma mensagem e orienta para ações específicas. E, todas são positivas, dede que possa aprender a decodificar sua mensagem.

No processo educacional, o senso comum não diferencia o sentir, o perceber, o expressar, e o atuar a emoção. Pode-se dar como exemplo:

Ao ver o filho de três anos bater no irmão mais novo, a mãe briga, dizendo ser errado sentir raiva do seu irmãozinho porque ele é menor. No entanto, emoção não tem idade, está ligada ao cérebro emocional, antigo, pré-determinado geneticamente. O que se aprende é perceber, reconhecer e como lidar com a emoção. Seria preferível que ela informasse primeiro ao filho mais velho que aquela sensação que o levou a bater no irmão é raiva – nomeando, identificando a emoção, e aceitando-a como natural: “Está bem você sentir raiva do seu irmão porque ele tirou o seu brinquedo.”.

Permitisse a expressão da emoção: “Você pode falar que não gostou e até brigar e gritar com ele.”

Adequasse dando limite à expressão da emoção: “Mas não pode bater nele, ele é menor que você. Além disso, as pessoas quando ficam com raiva, podem resolver suas dificuldades, conversando e negociando.”

Orientasse a administrar necessidades “Experimente dar outro brinquedo ao seu irmão, em troca deste que você quer. Ou talvez você prefira pegar algum brinquedo dele.”

Este é um exemplo com a emoção de raiva. Mas, na verdade, por falta de informação não existe um aprendizado emocional que ensine a lidar com as emoções de forma a facilitar e potencializar seus objetivos, já que cada uma delas traz em si uma função. Cada cultura, cada grupo familiar vai aceitar determinadas emoções como boas, permitindo-as e incentivando-as e, vai proibir outras as considerando erradas e más. Passará essas mensagens de forma direta ou, com é mais comum, de forma indireta, modelando o comportamento emocional, podendo a proibição – Injunções -ocorrer em vários níveis:

Psicológico

- não sintas
A emoção – no lugar dela a pessoa aprende a sentir outra coisa: enxaqueca, palpitação, enjôo, etc. Ou em lugar da emoção inicial, sinta outra: sendo complacente, compreensiva “em lugar de viver a sua raiva”.

- não percebas o que sentes
A pessoa não decodifica os sinais e sintomas corporais. Só para quando a doença já está instalada.

Social

- não expresses o que sentes
Contém-se, não fala de suas emoções: Fica doente e recebe cuidados médicos em lugar do afeto que tem medo de pedir.

- não atues o que sentes
Paralisa o comportamento emocional: Dá bens materiais em lugar de um abraço; faz um AVC (acidente vascular cerebral) em lugar extravasar a raiva.

- atues sem controle suas emoções
Não ocorre uma correspondência entre o estímulo e a expressão e o comportamento emocional: A criança tropeça e o pai grita com ela. No trânsito. alguém fecha o carro de outro e o indivíduo sai, de revolver em punho, disposto a tudo. A mulher, que abandonada pelo marido, desiste de viver.

Contrariando o senso comum, biologicamente falando, não existem emoções destrutivas. Destrutiva é a maneira como se aprende a lidar com os sentimentos, com as sensações e emoções. Aprende-se desde pequeno a julgar o que se sente e a enquadrar, num sistema simplista certo/errado, a multiplicidade do sentir. Na verdade, emoções negativas são as que interferem no caminho em direção à meta, porque estão em desacordo com a realidade objetiva. São formas de agir/reagir decorrentes de um aprendizado emocional disfuncional, condicionadas num circuito pré-consciente, portanto, registrado no cérebro emocional, que precisa ser refeito. Esses sentimentos precisam ser identificados como desatualizados e em desacordo com a realidade circunstancial para então ser possível desenvolver um novo circuito de resposta mais adequado ao momento, com padrões mais assertivos que viabilizem o caminho da concretização de planos e metas.

Se ocorre uma consonância entre a necessidade biológica, desejos e aspirações, vontades, (aspectos psicológicos) e a possibilidade de ação no plano externo (social), a tendência ao equilíbrio se completa, até o próximo estímulo interno ou externo. O difícil é lidar adequadamente com dissonâncias, sem perder a noção de integração do organismo.

Consideramos então, emoções destrutivas são as que, por desconhecimento, impedem de atingir os objetivos traçados. Congelam o sistema nervoso autônomo em seu circuito simpaticotônico, mantendo ligado os sistemas de alerta e de alarme. Estimulam a produção bioquímica ligada à ação até que se esgotem as reservas do corpo e da mente. Levam à produção de radicais livres, à perda da pulsação na unidade funcional psiconeurohormonal, responsável pela manutenção e preservação da vida e pelo bom desempenho das atividades do dia-a-dia. Como não cumprem um objetivo, mantêm circuitos fisiológicos autonômicos em funcionamento constante, levando a adoecimento físico e/ou psíquico.

- Como assim, inveja não é negativo?
Sim e não. Primeiro, inveja não é uma emoção, é um sentimento. E é resultado de alguma emoção que está por detrás e precisa ser decodificada. Raiva, medo, afeto? E, mais importante, qual a mensagem da inveja? Desejo o que o outro tem, sem avaliar nem querer fazer o que ele fez para conseguir o que invejo. Considerando que enquanto estou voltado para o outro, não entro em contato com as minhas próprias potencialidade e potencialidades. Descarto em mim o que tenho de melhor.

Então, a inveja não é negativa, mas a forma como lido com ela, sim. A inveja me faz desejar algo que não tenho; em vez de querer destruir o outro (ação negativa) posso olhar para mim e ver o que preciso fazer com meus potenciais e habilidades (ação positiva) para alcançar os mesmos resultados que o outro alcançou. Também é importante avaliar o ônus para conseguir o que deseja e se está disposto a isto, tipo abrir mão de praias, viagens, festas para estudar e se aplicar mais profissionalmente para crescer na carreira.

Se a pessoas começa a olhar para dentro em vez de olhar para fora, vai acessar o incrível poder das suas emoções para mudar e direcionar sua vida para onde quiser. E então ter uma boa saúde mental e física também, assumindo a responsabilidade sobre si mesmo. E isto é Educação Emocional.

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Adriana Montheiro - CRP-05/8176. Neuropsicóloga. Psicoterapeuta Somática. Educadora. Palestrante. Mestre em Ciência da Saúde e do Ambiente, Especialista em AT e em Neurociência. Membro Didata em Formação da UNAT-Brasil em Psicoterapia.

Aniversários
Esta lista baseia-se nos dados do cadastro do associado no site www.unat.org.br. Mantenha seu cadastro atualizado na Central do Associado para receber por e-mail o presente que a instituição preparou.

01|FEVEREIRO
Polyane de Paiva Mendonça
Eloisa Santos Ribeiro Oliveira
Claudia Baraldi de Moraes

02|FEVEREIRO
Tatiane Medeiros Cunha
Juliana Rodrigues Vieira
Ana Carolina André Ribeiro

04|FEVEREIRO
Lílian de Cássia Dantas

05|FEVEREIRO
Marianne Camargo B. Pereira

06|FEVEREIRO
Flavia Cristina de Jesus Parisotto

07|FEVEREIRO
Nyara de Araujo Silva
Juliana Alencar Couto Pinto
Maria Imaculada G. de A. Mollmann

08|FEVEREIRO
Carla Cristina Martini
Adiles Maia Zorzeto
Maressa Furlan Vieira França
Ana Carolina Brandão Braga
Jennifer dos Santos Oliveira
Leonardo Zacharias Mota

09|FEVEREIRO
Sabrinna S. Coimbra Ribeiro
Fernanda dos Santos Koehler

10|FEVEREIRO
Sandra Maria Feijo Ramos
Marialba Gomez
Sandra Maria Feijó Ramos

11|FEVEREIRO
Jessica Raiane Costa Souza
Rosa Benites Pelicani
Simone de Andrade Klober
Renato Morandi

12|FEVEREIRO
Joelma Moura Tannus

13|FEVEREIRO
Tatiane Ferreira Tedesco
Geraldo B. Foscaches Filho

14|FEVEREIRO
Lorena Ladico Trindade
Olívia de Freitas Oliveira
Juliana Alves da Costa Lima

15|FEVEREIRO
Eduardo Silva de Barros

16|FEVEREIRO
Benhur Dombrowski Galante

17|FEVEREIRO
Guilherme Castilhos Arnold
Lis Campos Martins

20|FEVEREIRO
Jenifer Fraga de Oliveira Siqueira
Beatriz Roedel Linhares Faria
Lais Santiago Andrade Guerra

21|FEVEREIRO
Gabriela Betanho Inacio
Estela Centurion Benitez

22|FEVEREIRO
Filipe de Amorim Ferreira
Erica de Abreu Almeida
Victor Henrique dos Reis

23|FEVEREIRO
Luana Carvalho Paiva
Lilian Monise G. da Silva Schmitz

24|FEVEREIRO
Thaís Rodrigues Pascoal

25|FEVEREIRO
Elaine Christine de Freitas Fraga

26|FEVEREIRO
Flavio Luis Duarte
Kelen Fagundes Gaffuri
Hygor Cirino Alves

27|FEVEREIRO
Stelamari Barbosa Baptista
Virgínia Allgayer
Patrícia Bastos Bentes

EXPEDIENTE

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Comissão de Comunicação da Unat-Brasil, composta por: Aymée Fávaro, Fabiana Bercht, Leilane Nascimento e Vitor Merhy.
Diretora responsável: Adriana Montheiro.
Diagramação: i34 Publicidade e RaioZ.
Você pode enviar sua sugestão de pauta até o dia 15 de cada mês para o e-mail comunicacao@unat.org.br.