Nos dias 8, 9 e 10 de abril haverá o 8º Módulo da Formação AT 303 sobre Metodologia Científica, Didática e Supervisão e será conduzido pela Didata Regina Silva. Até o momento 14 Membros Didatas em Formação confirmaram participação no Módulo.
“Quando a Ede me ligou, pedindo que eu desse esse módulo do 303, ela me disse que queria que eu fizesse isso porque fui eu que ensinei a ela supervisão. Me senti realizada como orientadora com essa Carícia tão espontânea.
Eu sempre fico feliz de poder apoiar a UNAT-BRASIL e todos aqueles que estão comprometidos com seu processo de desenvolvimento: Membros Regulares, Certificados, Didatas em Formação.
Acredito no que Paulo Freire nos diz:
'Ensinar não é transferir conhecimento, é criar possibilidades para produção e construção de conhecimento'. 'O melhor professor é aquele que aprende com o aluno.'
Considero que ensinar e desenvolver pessoas é minha missão de vida. Portanto o convite era algo irrecusável. Além disso preciso citar que aprendi muito com meus colegas Didatas, trocando experiências, às vezes concordando, às vezes, discordando, criando algo novo, a partir de pontos de vista diferentes, sempre aprendendo.
Agradeço a Ede o convite e preciso honrar meus professores.
Tudo o que aprendi sobre supervisão, didática aprendi com Vilma Cortez, Henrique Austregésilo e Manoel Teixeira.
Agradeço e honro meus professores, mas principalmente, os meus alunos que ao longo de 30 anos de trabalho me ensinaram muito, me desafiaram, me confrontaram, me fizeram estudar mais, adquirir tolerância e interesse por diferentes perspectivas da realidade.
A supervisão propicia uma oportunidade sem igual de aprendizagem pela experiência e prática efetiva tanto do orientador quanto do aprendiz.
Na REBAT de agosto de 2015 falo sobre a supervisão como um processo de desenvolvimento profissional que deve qualificar as habilidades do treinando, desenvolver aquelas que lhe faltam e ampliar o seu potencial para alcançar o sucesso profissional de forma ética.
A Didática envolve um longo processo: estudo, pesquisa, organização do conteúdo de acordo com o nível de informação que público (os alunos) já tem, apresentação, prática e ressonância desse conteúdo, para avaliar o quanto foi assimilado, avaliação do processo de aprendizado e tudo recomeça outra vez.
Lidamos com um público que já é adulto e profissional, portanto, já tem experiências prévias tanto de aprendizado como de ensino. Quando ensinamos precisamos utilizar técnicas de Andragogia, ensino para adultos. Paulo Freire, assim como Richard Erskine, Pamela Levin e Rosemary Napper podem auxiliar muito nisso.
É tentador o orientador se colocar na posição de pedagogo, aquele que ensina a quem não sabe (crianças). Berne sempre construiu o conhecimento a partir do grupo. Claude Steiner nos alerta sobre os Jogos do Poder.
A contratação, a relação OK/OK entre quem ensina e quem aprende é fundamental.
Uma escuta respeitosa, um ajustamento do ritmo de aprendizado, o respeito pelos limites do outro e dos seus próprios limites, uma escuta curiosa e interessada pela contribuição do outro podem definir o sucesso do processo de aprendizagem.
Ninguém sabe mais ou menos...
Temos diferentes saberes...”
Regina Silva
Membro Didata nas áreas de Psicoterapia e Organizacional
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